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O processo de rastreabilidade de suínos serve para garantir a segurança do alimento durante o processo de produção, bem como gerar evidências de processos seguros e a rápida identificação da origem dos produtos em caso de recall. Além disso, a rastreabilidade inicia no campo, que representa boa parte do processo.

No campo, a rastreabilidade acompanha todas as fases de produção: Unidade Produtora de Leitão – UPL; Unidade de Creche – UC; Unidade de Terminação – UT. Cada lote de animais nascidos e alojados geram informações sanitárias que devem ser coletadas e armazenadas de maneira com que fiquem disponíveis e façam referência ao lote de produção de forma inequívoca.

Ou seja, para fazer a rastreabilidade completa dos suínos é necessário seguir um processo de qualidade rigoroso, preencher documentos obrigatórios e ter evidências do processo produtivo, tudo isso para garantir a segurança dos alimentos.

Documentos importantes para a rastreabilidade no campo

Para garantir um processo de rastreabilidade e qualidade na criação de suínos são necessários o preenchimento dos documentos:

  • GTA (Guia de Trânsito Animal) tem como objetivo controlar a movimentação dos suínos entre propriedades. Nela são emitidos a quantidade de animais, informações da origem e destino dos suínos, finalidade (criação ou abate) e o meio de transporte utilizado. O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) fornece um Manual de preenchimento da GTA e cada unidade federativa tem um sistema online para preenchimento da mesma, chamado e-GTA. Esse sistema permite o preenchimento das GTAs, que devem ser submetidos ao sistema PGA (Plataforma de Gestão Agropecuária) do MAPA, possibilitando o controle centralizado das informações no âmbito federal.
  • FAL (Ficha de Acompanhamento do Lote) é um documento de controle da produção onde são preenchidos as informações de medicamentos e vacinas aplicados ao lote de produção e sua data de administração. Esse documento é importante pois contém informações dos princípios ativos de cada medicamento e seu período de carência (tempo que a molécula permanece no organismo do animal), o qual é utilizado para controle de saída de animais.
  • BS (Boletim Sanitário) é um documento estabelecido pelo anexo circular 5/2009/DICS/DIPOA e é utilizado para monitorar as drogas veterinárias utilizadas em campo. O BS é um documento obrigatório para entrada dos animais no abatedouro. Sendo assim, ele deve ser preenchido no final do lote de terminação e assinado por um Médico Veterinário Responsável. Utiliza-se informações da FAL para preenchimento do BS, onde deve constar  a data do fim do consumo de rações medicadas, respeitando o período de carência, com isso, possibilitando calcular precisamente a liberação da data de abate.  

Rastreabilidade na UPL

O processo deve iniciar com a documentação do lote de criação. Após isso é criado um lote de rastreabilidade onde é atrelado o registro da entrada de ração, a qual deve constar o nome do produtor; a localidade da propriedade; a data de entrada da ração; quantidade de ração; o tipo de ração específica para aquela fase de criação e se for medicada; fábrica de ração; lote de partida da ração, com isso, garantindo a procedência e a rastreabilidade da ração.

Rastreabilidade na creche

Após a fase de UPL o lote é transferido para creche, onde deve se dar entrada do lote atrelada a saídas de uma ou mais UPLs, que devem vir acompanhadas da FAL e após isso é realizado a entrada de rações. Dessa forma, para realizar o transporte dos animais o lote deve estar acompanhado da GTA, que é emitida na propriedade de origem dos suínos e atrelada ao destino do lote de produção. Tornando mais rigoroso o controle de doenças e a sua disseminação, garantindo o transporte de animais sadios.

Rastreabilidade na terminação

Posteriormente, a próxima etapa é a transferência dos animais de uma ou mais creches para uma Unidade Terminação, na transferência dos animais o lote deve possuir a GTA  e a FAL.

Dentro do lote, cada perda dos animais por mortalidade, consumo ou outro motivo deve ser registrada como baixa de animais. Na fase de terminação deve se buscar uma taxa de mortalidade menor que 1,5% do total do lote.

Na saída dos animais da terminação para o frigorífico, além da obrigatoriedade da GTA é também demandado do lote o acompanhamento do BS.

Sistema de rastreabilidade

A plataforma R-Sui acompanha os lotes desde maternidade até a terminação, onde são cadastradas todas as informações necessárias para a rastreabilidade do lote.

Dessa forma, ao encaminhar o lote para o abatedouro o sistema gera automaticamente o Boletim Sanitário (BS) ao final do processo de produção, com isso, garante o cumprimento do período de carência, sem necessidade do uso de planilhas.

Portanto, a implementação da rastreabilidade é importante para garantir a segurança dos consumidores. Os mercados mais exigentes demandam pela rastreabilidade dos animais, alguns pedindo desde a maternidade até o frigorífico e outros pedindo dos últimos 90 dias de vida do suíno.

Afinal, você já tem documentado todo o processo de rastreabilidade do campo na criação de suínos? Conte-nos quais são suas dificuldades nos processos para evidenciar o controle da origem dos alimentos ou solicite uma demonstração da Plataforma R-SUI.

Demonstração R-SUI

Escrito por: Michele Fernandes

Data: 27/08/2018

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