A nova era tecnológica tem proporcionado avanços no setor do agronegócio. Com a proposta de melhorar a produtividade e otimizar as etapas de produção, as novidades na suinocultura ajudam a fomentar a indústria para que seja possível atender as exigências do mercado consumidor.
Além disso, as soluções inovadoras vão do campo às agroindústrias, viabilizando a boa comunicação entre os profissionais e colaboradores envolvidos no processo. Tudo isso com base em informações e dados que são importantes para atingir os resultados desejados.
Diante das expectativas positivas para a suinocultura nos próximos anos, investir em tecnologia para beneficiar a produção é a melhor estratégia para quem deseja atender o mercado com sucesso.
Nesse artigo, vamos abordar as principais tendências para a suinocultura e quais as estimativas futuras para o setor. Confira!
Conheça as principais tendências e novidades na suinocultura
A pecuária 4.0 já é uma realidade no Brasil e tem integrado de maneira inteligente as inovações tecnológicas à criação de animais. De acordo com pesquisadores da Embrapa, o setor de aves e suínos são os primeiros a absorver essas novas tecnologias com eficiência.
Cadeias produtivas como a da suinocultura podem fazer uso da tecnologia para auxiliar na gestão, no monitoramento e no manejo das granjas e dos animais. A precisão dos equipamentos, sensores e dispositivos facilita o trabalho de controle das variáveis, como:
- Ambiente;
- Temperatura;
- Alimentação;
- Sanidade.
Desse modo, os produtores e gestores conseguem criar um ambiente ideal para o desenvolvimento dos suínos em suas diversas fases de desenvolvimento. Além disso, a tecnologia também é uma excelente estratégia para promover a sustentabilidade na produção e reduzir custos, o que reflete no lucro e na rentabilidade final.
Em relação as principais novidades na suinocultura, estão em destaque aquelas que aumentam a produtividade e otimizam as fases de produção.
Veja alguns exemplos a seguir!
1. Tecnologia na biosseguridade dos animais
O conceito de biosseguridade tem sido cada vez mais importante dentro do setor de criação animal. O cenário de pandemia causado pelo novo coronavírus e as recentes crises sanitárias que acometeram rebanhos suínos na China reforçaram ainda mais a necessidade de cuidar com medidas rigorosas da sanidade dos animais e dos ambientes em que eles estão inseridos.
De modo geral, as doenças respiratórias são geralmente responsáveis pela perda de produtividade em granjas de suínos e aves. Como solução, o processo de nebulização se torna fundamental para a desinfecção eficiente da área, eliminando bactérias e vírus que possam causar infecção nos animais.
O sistema de nebulização pode ser feito por meio de tubulações na estrutura da granja ou por outros equipamentos. Além disso, a abertura de cortinas para reequilibrar a temperatura e aliviar a pressão de gás carbônico no ambiente também é essencial para garantir a biosseguridade e conforto dos animais.
Em granjas onde a temperatura está desfavorável e o gás carbônico está concentrado em excesso, os animais podem ficar ociosos e sonolentos, reduzindo a alimentação e prejudicando o ganho de peso. Como grande novidade na suinocultura, é possível automatizar todo o processo de abertura das cortinas para controle de ambiência.
Para isso, o gestor da granja precisa ter acesso a um sistema integrado que possibilite a análise dos dados ambientais da área em relação às condições recomendadas e por meio de sensores possa acionar o mecanismo das cortinas sempre que necessário.
2. Automação nos cuidados com os suínos
O controle preciso da alimentação dos suínos pode fazer toda a diferença na gestão e na redução dos custos de produção. Ao conhecer a quantidade de ração que está sendo consumida, o gestor da granja consegue avaliar índices de desempenho e realizar novos pedidos de ração no tempo certo.
Além disso, ter essa quantidade registrada é essencial para realizar cálculos corretos de gastos e rentabilidade da produção. Uma das novidades na suinocultura no elo da alimentação é o uso da internet das coisas e da robótica para automatizar esse procedimento.
A robotização dentro da suinocultura 4.0 já é realidade nas granjas brasileiras. Produtores da região Sul do país já contam com o auxílio dos robôs para realizar a distribuição da ração para os animais, em medidas especificadas pelo produtor e recomendadas pela agroindústria.
Os robôs oferecem a quantidade exata de ração em porções distribuídas ao longo do dia, de acordo com a configuração escolhida. O uso dessa tecnologia tem ajudado os produtores a economizarem com mão-de-obra nas grandes propriedades, onde é necessário alimentar milhares de animais ao menos 3 vezes ao dia.
Através de softwares de gestão de suínos, os produtores e colaboradores ainda podem programar a reposição e fazer novas solicitações de ração sempre que necessário.
A plataforma Meu Lote, criada pela Granter, permite com que esse pedido seja feito de forma instantânea da granja diretamente para a fábrica, otimizando a gestão de estoque e reduzindo problemas de comunicação entre as partes.
3. Cuidados sanitários mais rigorosos
O Brasil é um dos maiores exportadores de carne suína graças ao reconhecimento mundial da segurança alimentar e dos cuidados sanitários na criação e no beneficiamento dos animais. Esses aspectos, somados a boa qualidade da carne, promovem a aceitação dos produtos brasileiros pelos países e consumidores externos.
Diante dos impactos da pandemia do novo coronavírus no comportamento dos consumidores e importadores, há a necessidade de se atentar de maneira mais rigorosa aos detalhes ligados a sanidade dos suínos. Para agroindústrias e produtores que visam a exportação de suínos, a rastreabilidade é uma das estratégias para controlar e assegurar a qualidade e o valor de seus produtos.
O Sistema de Rastreabilidade da Carne Suína (R-Sui), desenvolvido pela Granter, considera os protocolos mais rigorosos de segurança dos alimentos do mundo para elaborar o relatório de rastreabilidade, com informações completas desde a recepção dos animais até a expedição do produto final.
Essas informações comprovam a idoneidade de todas as medidas de segurança e reforçam a segurança sanitária dos alimentos. Além disso, o relatório gerado também pode ser usado para a emissão de certificados sanitários.
Outra solução da Granter que se encaixa nas novidades na suinocultura é a funcionalidade de acompanhar e verificar a administração de medicamentos, assim como controlar períodos de carência.
Através da plataforma Meu Lote, o gestor da granja consegue conferir a dosagem recomendada de acordo com o peso dos animais. Além disso, sabe qual o período de espera necessário para que o organismo do animal absorva esse medicamento antes do abate e comercialização da carne.
Quais são as expectativas para o setor?
De acordo com um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a MB Agro, a carne suína deve apresentar um crescimento significativo nos próximos anos. Em comparação com 2018, a produção em 2029 deve aumentar cerca de 35%, chegando a 5,1 milhões de toneladas produzidas.
Em relação a demanda, a previsão de crescimento interno é de 27%, chegando a marca de 3,9 milhões de toneladas em 2029. No mercado externo, as expectativas são ainda melhores, podendo chegar a 68% a mais na demanda em comparação com 2018.
Diante das instabilidades de outros países exportadores de carne suína causados por questões políticas ou sanitárias, como China e Ásia, o mercado de suínos brasileiro pode ganhar ainda mais força comercial a médio e longo prazo.
Para atender ao mercado internacional com sucesso, investir em tecnologia e nas novidades na suinocultura será o principal ponto estratégico para os produtores e agroindústrias do setor.
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