Cada vez mais o mercado consumidor está preocupado com a segurança dos alimentos, quer conhecer a origem do produto e o processo de produção. Esta segurança e garantia de qualidade pode ser oferecida através da rastreabilidade suína dos lotes.
Manejo animal
O manejo dos animais corresponde a todas as práticas desenvolvidas durante a criação dos animais, que está diretamente relacionada com:
- Genética do lote;
- Sanidade dos suínos;
- Nutrição;
- Biosseguridade;
- Bem-estar Animal.
Ao estabelecer manejos que visam o Bem-estar Animal para uma produção sustentável, por exemplo, você estimula fatores que influenciam positivamente na qualidade do produto final.
Como complemento sugerimos a Associação Brasileira de Criadores de Suínos – ABCS, que disponibiliza cartilhas com práticas de Bem-estar Animal na Produção de Suínos.
Como o manejo afeta a qualidade do produto final?
Além dos fatores externos como época do ano, temperatura e até mesmo características do translado do animal de uma granja para o abate, como velocidade e força que o caminhão exerce nas curvas, tem influência no manejo pré-abate e diretamente na qualidade da carne.
Podendo gerar prejuízos econômicos devido à perda dos animais ou acarretar lesões que desvalorizam a carcaça, pois apresentam condenação parcial ou total, assim, desclassificando essa carcaça.
Ao proporcionar conforto animal, através do controle da temperatura, umidade, níveis de amônia e o enriquecimento ambiental, estamos atendendo as necessidades comportamentais dos suínos fornecendo condições adequadas para o crescimentos dos animais, reduzindo o estresse e melhorando a produtividade, proporcionando um ambiente adequado para o seu desenvolvimento.
Uma característica marcante em termos de produção é que a interação negativa entre o manejador e o animal pode provocar reações fisiológicas e comportamentais nos suínos, refletindo também na qualidade da carne.
Os suínos possuem comportamento exploratório, o embarque e o desembarque são períodos críticos devido à presença das rampas e o carregamento nos caminhões. A rampa para o desembarque dos suínos deve possuir uma inclinação de no máximo 20º, ser nivelada, com piso antiderrapante para evitar as chances de queda e futuras lesões nos membros.
No manejo dos animais ao carregamento deve evitar objetos pontiagudos que possam causar ferimentos e futuros hematomas na carcaça. Os animais devem ser manejados de forma calma para prevenir o estresse. Sendo essa uma resposta do organismo quando algo não está confortável no ambiente, causa alterações na maciez, sabor e suculência da carne (características organolépticas).
Período de descanso após o transporte é essencial
O período de descanso após o transporte é fundamental para recuperação do estresse sofrido durante o transporte podendo ocasionar carnes com anomalias.
Quando o suíno passa por um período de estresse pré-abate e um curto período de descanso, pode ocasionar carnes PSE (Pale, Soft e Exudative – pálida, flácida e exudativa), quando o animal passa estresse crônico antes do abate, pode ocasionar carnes DFD ( Dark, Firm, Dry – Escura, Dura, Seca).
As modificações bioquímicas que ocorrem no tecido muscular durante a transformação do músculo em carne (rigor mortis) determinam o rendimento da carcaça (carne, gordura, osso) que é diretamente relacionado à qualidade da mesma.
Um fator importante para manter o rendimento e a qualidade da carne é o sucesso do manejo. Este deve ser realizado de acordo com as melhores práticas durante todas as fases de criação.
Para ter um melhor controle destas fases, o software Meu Lote pode contribuir por meio de recursos como a Ficha de Acompanhamento do Lote, pedidos de ração realizados pelo aplicativo e maior previsibilidade das informações críticas de desempenho do lote. Para conhecer mais funcionalidades da plataforma, clique abaixo e solicite uma demonstração!
Escrito por: Michele Fernandes
Data: 09/11/2018