A exportação de carne suína brasileira bateu um recorde histórico em 2020, ultrapassando 1 milhão de toneladas. O crescimento em relação a 2019 foi de 36,1%, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Estes números da exportação de carne suína foram alavancados principalmente pela demanda chinesa. A Ásia absorveu 80% das exportações desta proteína, com mais de 800 mil toneladas. Isto se deve à peste suína africana, que atinge a região desde 2018 e diminuiu em mais de 40% o plantel de suínos.
Dados da ABPA mostram que a Ásia aumentou em 66,9% o consumo de carne suína proveniente do Brasil, em relação a 2019.
A China foi destino de 513,5 mil toneladas, mais do que dobrando as compras de carne suína de 2019. Em seguida vêm Vietnã, Cingapura e Japão como grandes importadores. Na América, o Chile foi destaque entre os destinos de carne suína brasileira.
Exportação de carne suína para a China
A China consome cerca de metade da carne suína produzida mundialmente. Dessa forma, para suprir sua demanda, tem aumentado as importações, o que beneficiou o mercado brasileiro.
Para fortalecer a saúde dos suínos e combater uma série de doenças, a produção brasileira tem se mostrado severa. O manejo, a nutrição balanceada e a medicina veterinária preventiva têm sido eficazes para diminuir problemas sanitários. Assim, o fator segurança também contribuiu para o aumento da exportação de carne suína do Brasil.
Ainda, a alta do dólar e a desvalorização do real ajudaram a tornar os produtos brasileiros mais competitivos. Da mesma forma que a carne suína, o Ministério da Economia apontou que outras commodities também tiveram destaque no período. O açúcar e o café, por exemplo, bateram recordes de exportações.
Impactos da pandemia do coronavírus
A pandemia do coronavírus também foi outro fator que ajudou a aumentar a exportação de carne suína em 2020. Com as produções chinesas paralisadas por vários meses, a solução esteve nas importações.
Tanto as fábricas de rações, como o consumo e a distribuição de carnes foram setores afetados. Isso porque muitos desses empreendimentos tiveram de operar com 40% a 70% da capacidade produtiva. Logo, os chineses não conseguiram atender a demanda interna e tiveram de aumentar as importações.
Desafios dos produtores brasileiros
Para garantir segurança alimentar de sua população frente ao coronavírus, a China investiu no estoque de grãos. Esta dinâmica causou aumento dos preços no mundo todo. Os grãos, principalmente milho e soja, são a base da produção de ração para suínos, o que aumentou os custos dos produtores.
O aumento no valor dos grãos de milho chegou a 80%, por conta também da estiagem de 2019 e dos primeiros meses do ano passado. Os estados mais afetados pela falta de chuva foram os de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Isto reduziu a colheita de milho e tornou a ração mais cara. O milho faz parte de mais de 70% da composição das rações e por isso trouxe preocupação para diversos produtores de suínos.
Já o farelo de soja teve aumentos de quase 90%, fazendo com que o custo total de produção chegasse a cerca de 45% em alguns meses do ano.
Segurança alimentar
Em alguns momentos nos últimos meses, a exportação de carne suína foi interrompida em algumas regiões e produtoras brasileiras. Isso porque o mercado estrangeiro alegou que foram encontrados vestígios de coronavírus em lotes de carnes congeladas.
A certeza da procedência foi apontada por tecnologias de rastreamento da cadeia fria. Por isso, as importações foram suspensas e variaram de períodos de uma semana até um mês, para depois voltarem ao normal.
Porém, não há comprovação científica de que a Covid-19 seja transmitida através de alimentos. A informação é apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Além de comprovar a segurança alimentar, outros desafios aos produtores surgiram neste mercado e têm crescido cada vez mais:
- Escassez de mão de obra,
- Preocupação com o bem-estar animal;
- Atenção à sustentabilidade;
- Eficiência da produção.
Alguns deles, como o bem-estar animal, se devem às exigências dos consumidores e dos mercados de destino da exportação de carne suína.
Novas tecnologias para controle de produção
Para lidar com estes problemas, têm surgido novas tecnologias voltadas para a produção e manejo de suínos. Os softwares para uso no campo e as medidas de controle de qualidade são grandes oportunidades e representam potencial competitivo para o setor.
Com as altas demandas externas e as exigências fitossanitárias, é importante que os produtores encontrem meios de rastrear a procedência do produto e comprová-la para seus consumidores finais.
Já existem plataformas de comunicação integradas entre produtor e todos os envolvidos na cadeia produtiva. Elas disponibilizam informações do lote em tempo real e ajudam a obter um maior controle da produção.
Independente do coronavírus, diversas medidas de proteção sanitária já vinham sendo adotadas pelo setor de suinocultura. Elas ajudam a implementar esforços contínuos para garantir a saúde dos colaboradores e consumidores finais.
A Granter possui uma plataforma desenvolvida de acordo com protocolos mundiais de segurança alimentar. O uso correto da ferramenta garante a rastreabilidade suína e o manejo pré e pós abate, além do controle do campo, frigorífico e expedição.
Até hoje, oa R-SUI já possibilitou a rastreabilidade de mais de 16 milhões de suínos para nossos clientes. Isto equivale a 1,5 milhões de toneladas de carne suína rastreada para os mercados consumidores nacionais e internacionais.
Com o R-SUI, a Granter e seus clientes foram responsáveis por rastrear cerca de 10% de toda a exportação de carne suína brasileira em 2020.
A plataforma permite emissão de boletins sanitários para trazer maior segurança ao manejo de ponta a ponta.
Oferecer alimentos mais saudáveis e maior segurança sanitária para seus consumidores é imprescindível. Com o R-Sui você pode atender essas demandas, pois controla toda a sua produção de carne suína, bem como os locais por onde ela passa e os processos.
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