Os resultados da suinocultura no Brasil são animadores para os produtores. Especialmente depois dos tempos de crise vividos durante a pandemia.
Compreender os principais dados do setor, bem como suas perspectivas futuras, é fundamental para começar o próximo ano.
Se você quer saber sobre a produção de suínos no Brasil e informações mais relevantes, veio ao lugar certo.
Confira, a seguir, os principais detalhes e insights sobre a produção, exportação, consumo interno e muito mais.
Suinocultura no Brasil: o que os dados nos mostram?
De acordo com as estimativas mais recentes da Associação Brasileira de Proteína Animal, o Brasil deve fechar 2021 com até 4,7 milhões de toneladas de carne suína produzidas.
Isso significa que a produção será 6% maior do que em 2020, quando foram produzidas 4,436 milhões de toneladas.
Em relação ao total destinado para o mercado doméstico, o fechamento esperado é de 3,600 milhões de toneladas.
Assim, o consumo interno será 5,5% maior que em 2020, em que foram registradas 3,412 milhões de toneladas
Quanto às exportações, compilamos alguns dados do portal Comex do Governo Federal que demonstram como o cenário permanece positivo. Confira:
- a carne suína movimentou US$ 2.138,62 milhões em exportações de janeiro a outubro;
- foram mais de 865.343 toneladas exportadas, em um aumento de 15% no período;
- o preço por kg subiu 6% ao longo do ano, atingindo US$ 2,47;
- 0,9% das exportações totais do país foram de carne suína;
- o setor ficou em 19° lugar em relação às exportações totais;
- Santa Catarina foi o estado que mais exportou, com 53,1% de participação;
Vale ressaltar que os dados do Comex ainda só contemplam o mercado até o mês de outubro. De acordo com os dados da ABPA que citamos acima, a expectativa é que a exportação atinja até o fim de 2021 de 1,1 milhão a 1,15 milhão de toneladas.
Sendo assim, o cenário se torna ainda mais animador, já que isso representaria um aumento de até 12% em relação a 2020, em que foram embarcadas cerca de 1,024 milhão de toneladas.
Segundo uma matéria do site Suinocultura Industrial, a mesma base comparativa aponta um crescimento de 13% nas exportações para 2022, com até 1,25 milhão de toneladas.
O aumento do consumo per capita de carne suína no Brasil
Um dos fatos mais positivos para a suinocultura no Brasil em 2021 é o aumento contínuo do consumo doméstico.
No segundo trimestre do ano, o consumo per capita chegou a 17,65 kg. Trata-se de uma superação significativa do volume recorde de 2020, que foi de 16,9 kg.
Os dados da ABCS, publicados pelo Canal Rural, ainda apontam que a carne suína representa 19% do consumo projetado de todas as carnes para 2021, que é de 93,01 kg per capita.
A elevação significativa na preferência dos consumidores é associada à desmistificação de alguns mitos sobre a produção de suínos.
Ou seja, os consumidores estão mais conscientes sobre a qualidade e a saudabilidade desse tipo de carne e as priorizam em suas compras.
A maior produtividade das granjas, que citamos no item anterior, também é apontada como um fator motivador do consumo.
Inclusive, a alta procura deve buscar um crescimento de cerca de 4% na produção, que atingirá de 4,8 milhões a 4,85 milhões de toneladas em 2022, como também apontam os dados do portal Suinocultura Industrial.
Outro ponto importante em relação à suinocultura no Brasil é que a carne suína tem ocupado muito o lugar da carne bovina na mesa dos brasileiros.
Os principais motivos incluem a elevação dos preços e a queda na produção de bovinos. Para você ter ideia, seu consumo foi 4% menor em 2021 do que em 2020. Os dados são do Uol.
Em comparação ao período pré-pandemia, a diminuição no consumo de carne bovina foi de surpreendentes 14%. Muito disso ocorreu por conta dos reajustes acumulados nos últimos anos e repassados aos clientes, bem como pela redução da oferta interna gerada pela alta do dólar.
China como maior parceira comercial
De acordo com outra matéria da ABPA, a China continua como a maior parceira da suinocultura no Brasil.
Nos últimos dados de exportação, que contemplam de janeiro a outubro de 2021, foram direcionados 481,9 mil toneladas para o país asiático. Trata-se de um volume 13,9% maior que o registrado no mesmo período em 2020.
Segundo uma publicação da Exame, o recorde foi no mês de setembro, em que 112,2 mil toneladas foram embarcadas. Os principais fatores que motivam a alta procura chinesa são sanitários.
Isso porque, em 2018, os rebanhos da China foram comprometidos pela febre suína africana. Trata-se de uma doença que mata os animais em cerca de dez dias. A patologia dizimou aproximadamente 60% dos suínos no país. Eles ainda não se recuperaram dos surtos, ainda detectam novos focos e seguem incrementando suas exportações.
Voltando aos dados da ABPA, outros importadores que merecem destaque são o Chile, o Japão e os EUA. Eles foram destino, respectivamente, de 52,5 mil toneladas, 11,3 mil toneladas e 9,7 mil toneladas.
Ainda que a produção de suínos siga em um contexto de retomada, as perspectivas certamente são animadoras.
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