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Produção de suínos

Coccidiose: proteja sua granja contra essa doença

Por 26 de maio de 2021Sem comentários

A grande expansão do setor de suínos gera inúmeras oportunidades para os produtores, mas a alta na capacidade das criações também pode favorecer o surgimento de doenças entre os animais, como é o caso da coccidiose.

Em grande evidência na área, a condição pode ser fonte de grandes prejuízos, e demanda certos cuidados para que não comprometa a produtividade e os lucros das granjas.

A seguir, entenda melhor o que é coccidiose suína, como a contaminação ocorre, como identificá-la, principais sintomas e meios de tratamento.

O que é Coccidiose suína? 

A coccidiose é uma doença provocada por protozoários intracelulares, que se caracteriza principalmente pela diarreia que causa nos suínos.

Seu agente causador é o Cystoisospora suis, que acomete leitões na maternidade entre os 7 e 11 dias de vida.

Além de gerar a morte de alguns animais, a patologia é séria por conta da elevada redução no ganho de peso diário dos mesmos.

Inclusive, não é apenas a fatalidade que torna a coccidiose tão preocupante em termos econômicos, mas principalmente os problemas que gera no desenvolvimento dos suínos.

Isso porque, ela favorece o surgimento de refugos e impõe gastos elevados para medicamentos de controle.

Outra questão importante é que a doença gera imunodepressão nos animais, o que facilita a ação de outros agentes patológicos e agrava ainda mais as condições de saúde dos leitões.

Como ocorre a contaminação e como evitá-la? 

O protozoário que causa a coccidiose invade a parede do intestino suíno, compromete sua microbiota intestinal e lesiona os tecidos mucosos e submucosos, gerando diarreia e problemas na absorção de nutrientes.

A partir disso, o ganho de peso dos leitões é comprometido e ocorrem atrofias nas vilosidades do intestino delgado.

Apesar da baixa taxa de mortalidade, a patologia possui elevada morbidade e é favorecida por más condições de higiene, como:

  • gaiolas de parto sujas;
  • pisos muito úmidos;
  • calor intenso e umidade;
  • baias sujas;
  • presença de moscas e ratos;
  • alimentação dos leitões feita no chão;
  • galpões de uso intenso com más condições de desinfecção e limpeza;
  • fezes secas na gaiola próxima à matriz em processo de lactação.

Basicamente, esses fatores favorecem a presença de oocistos, que geram a patologia e refletem a falta de atenção à higienização.

Sendo assim, é fundamental que a suinocultura seja sustentável em termos de biossegurança, e seja baseada em medidas capazes de evitar as condições listadas acima.

Além disso, algumas medidas também são indispensáveis para evitar infecções, como a troca de sapatos e a limpeza das mãos antes de entrar nas áreas de manejo de leitões.

Outro cuidado importante é a lavagem associada à limpeza mecânica, com uso de desinfetantes e calor.

Inclusive, quando os meios de prevenção da coccidiose são eficientes, outras doenças que acometem os suínos também são evitadas.

Principais sintomas 

Como citamos acima, o sintoma mais característico da coccidiose é a diarreia provocada nos leitões.

Nela, as fezes variam entre uma tonalidade amarelada e acinzentada, de consistência pastosa ou líquida. Normalmente, os animais se sujam com a própria diarreia e passam a ter um odor fétido.

Além disso, a diarreia não cessa durante longos períodos, o que faz com que os períneos dos suínos fiquem frequentemente com fezes visíveis. 

Na medida em que a patologia progride, a perda de peso dos leitões se torna mais intensa e os mesmos passam a apresentar seus pelos arrepiados.  

Apesar de manter sua alimentação normal, os animais tornam-se debilitados e têm um comportamento apático.

Em relação à condição corporal, a perda de peso é evidente e todo o desenvolvimento é comprometido, muito por conta da debilitação da capacidade de absorção intestinal.

Detectando a doença em suínos 

O primeiro passo para identificar a coccidiose é ter atenção às condições dos leitões e ao eventual aparecimento dos sintomas apresentados acima.

A partir disso, um exame parasitológico pode ser solicitado, em que amostras de fezes são coletadas entre suínos de diferentes idades e baias para análise laboratorial.

Outra possibilidade é o exame histopatológico, em que até 4 animais com suspeitas da doença são selecionados, passam por eutanásia e então são examinados. 

Como a coccidiose ocorre na primeira quinzena de vida dos leitões, os suinocultores devem observar constantemente seu comportamento, características e estado de saúde.

Caso qualquer sinal da patologia seja reconhecido, um veterinário deve ser procurado imediatamente, para evitar agravamentos no quadro dos animais.

Tratamentos para coccidiose suína

Em primeiro lugar, é válido ressaltar que a prevenção por meio de medidas de biossegurança e higiene é a melhor maneira de evitar os prejuízos da coccidiose, que não só afeta significativamente a produção, como também tem um tratamento relativamente caro.

Quando a patologia já está instalada, é fundamental procurar um veterinário para minimizar as consequências da condição.

Geralmente, medicamentos anticoccidianos são ministrados nos leitões em seus primeiros dias de vida, sendo que o mais eficiente é o toltrazuril, que é capaz de impedir a proliferação dos protozoários no organismo dos animais e de aliviar a diarreia.

Contudo, os meios de tratamento e sua eficiência podem variar de acordo com o tipo de coccidiose, sendo que as intervenções medicamentosas são muito mais eficientes antes do acometimento da parede intestinal. 

Medicamentos inseridos na dieta das matrizes em lactação também podem ser eficazes, com administração assim que as mesmas entrarem na gaiola. Eles se baseiam em pré-misturas com monensina sódica, amprolium ou sulfadimidina. 

Importante destacar que, quanto mais novo é o leitão, mais severa é a patologia e menos efetivos são os medicamentos. Já nos adultos, a condição desaparece sozinha.

Por fim, também é importante eliminar os oocistos presentes no ambiente, por meio do despovoamento dos animais e da limpeza dos galpões com desinfetantes. 

Cada vez mais, essas medidas de higiene e segurança são gerenciadas e se tornam mais  efetivas por meio de tecnologias integradas de gestão, que não só otimizam os procedimentos ligados ao tratamento, mas principalmente os manejos de prevenção.

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